Curso: Formação de Docentes da Educação Infantil e Anos
Iniciais do Ensino Fundamental em Nível
Médio na Modalidade Normal
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FORMAÇÃO
DE PROFESSORES EM NÍVEL MÉDIO
O Trabalho como Princípio
Educativo
A
proposta de currículo do curso Normal, em nível Médio, está calcada numa visão educacional
em que o trabalho é o eixo do processo educativo, porque é através dele que o
homem, ao modificar a natureza, também se modifica numa perspectiva que incorpora
a própria história da formação humana. Portanto, o trabalho deve ser o centro
da formação humana em todo o ensino médio e não apenas naquele que tem o adjetivo
de profissionalizante. Ter o trabalho como princípio educativo implica compreender
a natureza da relação que os homens estabelecem com o meio natural e social,
bem como as relações sociais em suas tessituras institucionais, as quais desenham
o que chamamos de sociedade. Assim, a educação é também uma manifestação
histórica do estar e do fazer humano que fundamentam o processo de
socialização. Como bem nos ensina Gramsci, os fundamentos científicos da
compreensão e da produção social do saber e dos modos de produzir a vida
precisam ser explicitados num projeto de educação emancipatória. A educação
estabelece as bases científicas do trabalho humano num processo de socialização
que liberta os homens do reino da necessidade para inaugurar o reino da liberdade.
Isso só será possível se conseguirmos compreender o ato de estudar, de aprender
e de ensinar como um trabalho condicionado pelo modo de produzir a vida no
contexto do capitalismo, mas que não poderá se encerrar na reprodução desse sistema
social, apontando para um devir, um futuro que todos teremos que fazer nascer. Nesse
sentido, o Ensino Médio tem um papel fundamental de lapidar a formação inicial
(do Ensino Fundamental), apontando as possibilidades de aprofundamento que os
jovens poderão escolher ao longo de
sua escolarização.
Se pensarmos nos três eixos que tradicionalmente constituem
as trajetórias de formação: o científico, o de profissões e o cultural,
poderemos organizar este nível de ensino apontando possibilidades que os
unifiquem por não serem excludentes no espaço/ tempo de escolarização, mas que
poderão ser escolhidos como forma de dedicação mais especializada, que os
jovens poderão seguir futuramente.
A Práxis como Princípio Curricular
Se
o trabalho é um dos princípios educativos do currículo de formação de professores,
então a prática docente deve ser encarada no sentido da práxis, o que
significa dizer que a dimensão política torna-se a chave para a compreensão do
saber e do fazer educativo. Ou seja, compreendem-se os processos de conhecimento
científico e de todos os tipos de conhecimentos a partir de sua natureza social,
como produto coletivo de relações amplas entre objeto-coletividade
e não de indivíduo-objeto, numa dimensão
tipicamente
individualista.
PRÁTICA
DE FORMAÇÃO
As práticas pedagógicas se constituem no eixo
articulador dos saberes fragmentados nas disciplinas. São o mecanismo
que garantirá um espaço e um tempo para a realização da relação e
contextualização entre saberes e os fenômenos
comuns, objetos de estudo de cada ciência ou área de conhecimento específica. O
objeto de estudo e de intervenção comum é a educação. Contudo, esse fenômeno
geral será traduzido em problemas de ensino aprendizagem contemporâneos, a
partir dos pressupostos que orientam o curso e dos objetivos da formação.
A Prática de Formação nesta proposta de
currículo possui a carga horária de
800 horas, atendendo a legislação vigente
(Del. 010/99 do CEE). A carga horária da Prática de Formação integra a do curso
como um todo, considerando que o mesmo configura-se como componente indispensável
para a integralização do currículo. A Prática de Formação deverá ser um
trabalho coletivo da instituição, fruto de seu Projeto Pedagógico. Nesse
sentido, todos os professores responsáveis pela formação do educador deverão
participar, em diferentes níveis, da formação teórico-prática do seu aluno. A
seguir apresentamos alguns pontos de partida como proposta inicial, os quais
poderão ser redefinidos ao longo do curso.
e
significados do trabalho do professor/educador”, em diferentes modalidades e
dimensões. O eixo será possibilitar a observação do trabalho docente pelos
alunos. Isso implicará visitas às: a) creches; b) instituições que tenham
maternal e pré-escola; c) escolas, preferencialmente na 1ª e 2ª séries.
2. Na segunda série: Pretende-se
colocar os alunos em contato com situações problemas
no âmbito de algumas modalidades específicas e de experiências educacionais
extra-escolares. “A Pluralidade Cultural, as diversidades, as desigualdades e a
educação” será o mote principal, em torno do qual os professores
irão se organizar e encaminhar as atividades junto com os alunos.
As
observações ocorrerão em: a) creches e/ou escolas regulares, que tenham
um
número significativo de alunos portadores de necessidades educacionais
especiais; b) instituições especializadas em diferentes necessidades especiais, tais
como, as APAES, os institutos de deficientes visuais, auditivos, entre
outros;
c)
projetos alternativos de educação popular (caso existam nas proximidades)
voltados para crianças, ou adolescentes, ou jovens e adultos, coordenados por
organizações não governamentais e/ou prefeituras;
d)
projetos voltados para a educação indígena e/ou educação do campo, caso
existam nas proximidades. As disciplinas de fundamentos sociológicos, educação
especial, enfim, todo o con-junto das áreas da segunda série possibilitará
suportes teóricos para elaboração de roteiros de observação e investigação
nestas realidades. Espera-se com essa temática não só a ampliação da visão dos
alunos acerca da natureza do trabalho do professor, mas também a percepção das especificidades
do ofício diante de diferentes demandas sociais e políticas.
3. Na terceira série: O problema central será “Condicionantes da infância
e da família no Brasil e os fundamentos da educação infantil”. Justifica-se
essa problemática porque, para a formação do educador infantil, muito ainda há
que se elaborar e refletir. Nessa fase do curso, os professores terão que
desenvolver atividades com esse foco. O resultado esperado é a produção de
pesquisas e observações em instituições levantando as concepções de infância,
de família e de educação em confronto na sociedade, entre os educadores, nas
famílias e até mesmo entre os docentes do curso que realizam. Outro elemento
aglutinador será “Artes, Brinquedos, crianças e a educação nas diferentes instituições”.
Inventariar
o maior número possível de artes e brinquedos utilizados nas creches e
pré-escolas, com o intuito de pensar seus fundamentos sócio-psicológicos e suas
funções no desenvolvimento infantil. Analisar e recuperar a história das
brincadeiras, das artes, sobretudo das músicas, das danças, do teatro e da
literatura, dos Contos e da arte de contar estórias.
O resultado deverá ser uma exposição de todo
o material confeccionado e/ou encontrado pronto para exemplificar.
4. Na quarta série: Os
alunos iniciam suas experiências práticas de ensinar.
Para isso contaremos com a parceria dos
professores do ensino fundamental. Tendo como pressuposto que a realidade não é
fragmentada, mas que, na organização curricular, dividimos as disciplinas nas
diferentes áreas do conhecimento, como recurso didático de formação, caberá aos
professores criarem as condições nas modalidades Práticas Pedagógicas, para que
o aluno contextualize os conteúdos desenvolvidos nas aulas das disciplinas. Ou
seja, o Estágio Supervisionado garante a possibilidade de o aluno vivenciar as
práticas pedagógicas nas escolas. É nesse espaço que o futuro professor
desenvolve de fato a práxis profissional, ou seja, elabora uma prática
educativa, a partir das teorias estudadas, transformando simultaneamente as
práticas e as teorias e alcançando a ação política (práxis), entendida como a
essência de toda prática educativa (Paulo Freire).
Dessa forma, o estágio deverá possibilitar ao
aluno a elaboração de materiais didáticos, a seleção adequada dos mesmos e o desenvolvimento
de técnicas de ensino adequadas para as crianças.
Obrigatoriamente os alunos deverão fazer
primeiro o estágio com crianças de 0 a 6 anos e, na segunda fase, com crianças
de 7 a 10 anos, completando assim todo o ciclo dessa fase da educação.
DOCUMENTOS PARA MATRÍCULA PARA 2015
_ Certidão de Nascimento (original e fotocópia);
DOCUMENTOS PARA MATRÍCULA PARA 2015
_ Certidão de Nascimento (original e fotocópia);
- RG (original e fotocópia) e CPF ( original e fotocòpia);
- Declaraçâo de matricula;
- Fatura da Copel (original e /ou fotocopia atualizada);
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